Artigos

OUVINDO O CHAMADO PROFISISONAL



24/10/2016

Por Andréa Araújo


Antigamente, era muito comum as pessoas acreditarem que eram vocacionadas para desempenhar determinadas atividades profissionais, ou seja, que havia alguma espécie de chamado ou “predestinação” (de cunho natural ou quase místico) que levava os indivíduos a ocuparem certas funções.


Era comum, principalmente nas profissões mais valorizadas socialmente, como na medicina, por exemplo, que o futuro médico acreditasse que havia “nascido para isso”.  As famílias também costumavam (e ainda constumam) influenciar bastante a decisão do jovem profissional.


O tempo passou e, entretanto, a questão da vocação parece ter sido deixada para trás.


Com um mercado de trabalho que abriga atualmente em torno de 2.500 profissões catalogadas no Brasil, fica cada vez mais difícil acreditar que exista um chamamento para desenvolver uma atividade específica. Além disso, o desenvolvimento tecnológico tem levado cada vez mais os jovens profissionais para escolhas nesse segmento, pois as oportunidades tecnológicas costumam abrir mais vagas.


Mas como escolher? 


Uma das regras fundamentais da escolha profissional é desenvolver uma atividade que você goste, pois irá passar os próximos anos de sua vida em companhia dela. Ceder apenas às oportunidades do mercado hoje podem gerar frustrações no futuro. 


Quando alguém acredita ser chamado para desenvolver determinada atividade profissional, seu comprometimento com o processo de desenvolvimento na própria carreira fará com que esse indivíduo seja mais resiliente e perseverante, ultrapassando os obstáculos comuns e inerentes à jornada profissional.


O chamado tem a ver com aquilo que você acredita, com seus valores pessoais e com sua visão de vida e de mundo, do quanto você confia que sua profissão contribuirá positivamente com a sociedade e de como isso lhe trará autorrealização.


Dinheiro importa? E como!


Não dá para contar que seus pais pagarão suas contas para o resto de sua vida (não dá mesmo!), mas as recompensas materiais, frutos do trabalho, devem estar atreladas a um tipo de atividade que traga satisfação pessoal. 


Então...


Você se sente vocacionado ou chamado para desempenhar qual papel social?  


Qual é ou será sua profissão?  Isso tem a ver com você verdadeiramente ou é a profissão da moda, a que paga bem, a que oferece mais vagas?


Você quer apenas um emprego ou deseja se sentir realizado na atividade que escolheu?


É preciso autoconhecimento e maturidade para ouvir seu chamado interior e fazer boas escolhas. Você se sente maduro para escolher e se desenvolver em uma profissão?



Vamos nos falando.


Um abraço e até mais!



Andréa Araújo

Psicóloga